“O melhor da culinária hoteleira” apresenta o Jambalaya, prato favorito do ícone do jazz Louis Armstrong e desenvolvido pelo Chef Jean Pierre e sua equipe do Bar do Hotel Slaviero Conceptual Full Jazz em Curitiba.
Autora: Tânia Coelho*
Fotógrafo: Fred Kendi
Seguindo o caminho que nos levou ao interior do Paraná com o Carneiro no Buraco, que passou pela tradição do Bacalhau Português, chegamos agora à gastronomia creole do Sul dos EUA, com sua rica mistura de tradições francesa, africana, espanhola e norte americana, equivalente gastronômico do jazz e da mesma forma local e cosmopolita, simples e sofisticada.
Convido o leitor a surpreender-se com o prato escolhido pelo Bar do Hotel Slaviero Conceptual Full Jazz em Curitiba, o Jambalaya, o favorito de Louis Armstrong. Após prová-lo, você concordará com o bom gosto do lendário “Santchmo”.
O Jambalaya, prato tradicional do estado de Louisiana, Sul dos Estados Unidos, berço do jazz, recebe no restaurante do Slaviero Conceptual Full Jazz uma nova roupagem
Serviço:
Slaviero Conceptual Full Jazz
Endereço: Rua Silveira Peixoto, 1297 – Batel, Curitiba – PR, 80240-120
Telefone: (41) 3312-7000
www.slavierohoteis.com.br
Modalidade: A la carte
Apresentações de música ao vivo mostram o melhor do gênero nas sextas e sábados.
Preço do prato: R$ 75,00 per pessoa
Capacidade: 70 pessoas
*Tânia Coelho é Especialista em Personalização de Serviços Hoteleiros
Mesmo que você não seja hóspede vale a pena conhecer o bar do Hotel e viajar nas marcantes notas da música de Miles Davis, Ella Fitzgerald e tantos outros ícones do jazz, neste ambiente aconchegante e inigualável, de decoração marcante e sofisticada.
É neste espaço que o Chef Jean Pierre Antoine, que apesar de responder por este título desde 1996 considera-se apenas – “um cozinheiro que gosta do que faz”, assumiu em janeiro de 2015 a frente do Full Jazz com novas ideias e uma nova inspiração para o restaurante.
Apaixonado pela “magia” culinária, sua emocionante e peculiar história tem início em 1983, a princípio vendendo sonhos na rua, depois preparando a massa e fascinando-se pelo processo relembra:
“…me identifiquei com a arte de cozinhar, me apaixonei em ver a massa do sonho preparada, depois crescendo, parecia mágica pra mim essa transformação. Depois colocá-la em óleo quente e ficar com a cor de um caramelo vibrante, rechear e polvilhar com açúcar; enfim foi marcante para minha vida.”
Em sua trajetória constam trabalhos em panificadoras, pizzarias, curso no Senac, faculdade de gastronomia, passagens por Miami, curso de “Chef de Cuisine” na França, Centro Europeu de Culinária e até um cruzeiro turístico fazem parte do currículo de Jean Pierre. O desejo e o prazer de cozinhar marcaram definitivamente a carreira deste profissional que aceitou o desafio de trazer para o Full Jazz um novo e arrojado cardápio:
“Sempre me inspirei na sensação de bem estar e prazer que uma bela refeição proporciona em ver os comensais satisfeitos, esse desafio inspira a procurar o novo e aperfeiçoar sempre os clássicos”.
A escolha do Jambalaya, prato tradicional do estado de Louisiana, Sul dos Estados Unidos, berço do jazz, recebe no restaurante uma nova “roupagem”, mantendo as “notas” tradicionais desta iguaria de que tem como base o arroz, frango, “andouille” – um tipo de chouriço de origem francesa, lagostim de água doce ou camarão, e vegetais, principalmente pimentão, aipo e cebola, tomilho e pimenta-caiena.
A diversidade dos ingredientes é a marca do Jambalaya, pois cada componente traz consigo o sabor dos povos que ao longo dos anos constituíram este prato:
“A cozinha cajun-creole tem a marca da história da região pela presença de diferentes povos e culturas, com raízes da Espanha, França e Haiti, cada um com ingredientes e iguarias da origem de seus países foram formando esse prato que é único”.
Um vinho branco e encorpado chardonnay ou sauvignon Blanc ou se for para ousar, vinhos com as uvas albariño e dependendo do Jambalaya, um bom rose. Estas são as sugestões para a harmonização com este prato que tem surpreendido os que têm a oportunidade de degustar essa iguaria única que quando chega à mesa supera as expectativas da primeira a última garfada.
Jean ainda nos conta uma pequena curiosidade do Jambalaya.
Certa vez chegou um viajante, altas horas da noite e chovendo,em uma pousada de Nova Orleans e pediu algo para comer. Por ser tarde não tinha nada pronto, pois a cozinha estava fechada. O dono do estabelecimento chamou o cozinheiro e pediu para preparar qualquer coisa para o hóspede. O nome do cozinheiro era Jean. E o mesmo pegou o que tinha na geladeira e misturou no arroz, e fez um balayez (tudo junto), onde nasceu o Jean Balayez, nome dado pelo hóspede, que adorou o prato. E com o tempo se tornou Jambalaya.